segunda-feira, 30 de abril de 2012

PRÓXIMA PARADA: AURELINO LEAL


Vista do Rio de Contas em Aurelino

Nossa próxima parada é uma cidade que já teve muitos nomes. Primeiro foi São Miguel, depois Itaipava; em seguida, passou a se chamar Poiri e só em 1961 que ela foi emancipada e passou a se chamar Aurelino Leal. Ou, para quem conhece de perto, Aurelino de Araújo Leal. Nome dado em homenagem ao jornalista e político brasileiro que formou-se em Direito pela Faculdade da Bahia, tendo sido promotor público. Dedicou-se ainda ao jornalismo e à política, antes de ter sido diretor da penitenciária de Salvador, chefe de polícia e secretário-geral daquele estado.

O território do atual Município de Aurelino Leal pertenceu inicialmente à Capitania de Ilhéus, e posteriormente ao Município de Barra do Rio das Contas, hoje Itacaré. Em 1755, após acordo firmado entre o então Governador, capitão-general Manuel da Cunha Menezes e João Gonçalves da Costa, proprietário da fazenda Ressaca, foi construída uma estrada que, partindo da fazenda, ligava o sertão ao litoral. Esta via de comunicação recebeu mais tarde o nome de Estrada da Nação, por ser de grande importância para a vida econômica da Província.

Aurelino de Araújo Leal
Devido às ricas mercadorias que por ela desciam, a Coroa criou um posto para cobrança do "quinto", no lugar denominado Funis, onde a estrada se bifurcava, indo um ramal para Camamu e outro para a vila da Barra do Rio das Contas. Nesta época, já predominavam no litoral as grandes fazendas, cujos proprietários impediam a toda força o desbravamento, povoamento e a cultura de suas terras. forçando assim os aventureiros a se dirigirem para o interior, em busca de terras devolutas.

Em consequência, subiram a estrada que partia da vila da Barra do Rio das Contas, povoando interior. A exploração das terras prosseguia incessantemente, apesar das lutas existentes pela sua posse, condição peculiar à zona cacaueira. Por outro lado a resistência hostil oferecida pelos índios "pataxós" aldeados nas margens do rio Gongogi, principal afluente da margem direita do rio das Contas, não permitia aos fazendeiros estenderem seus domínios, dificultando o estabelecimento dos pequenos núcleos populacionais. Mais tarde, com o nascimento e progresso da vila de Itapira e a maior expansão da lavoura, cuidou-se de estender os trilhos da Estrada de Ferro de Ilhéus até a margem direita do rio das Contas defronte à citada vila, hoje cidade de Ubaitaba.

Estação de Trem em Aurelino Leal quando se chamava Poiri

Em 1930 existia nesse local somente uma fazenda de cacau pertencente a Ramiro Teixeira. Com a chegada da ferrovia, formou-se em torno da estação, ainda em 1930, o povoado de São Miguel A passagem dos trilhos, pelo seu território, muito influiu para o rápido desenvolvimento da localidade que logo foi promovida à categoria de distrito. Ganhou autonomia administrativa em 1961, passando a denominar-se Aurelino Leal, em homenagem ao jornalista.

O quê? Forteatro-Sul
Quando? 04 e 05 de maio de 2012
Onde? Aurelino Leal
Quanto? Gratuito.

domingo, 29 de abril de 2012

OFICINA DE MAQUIAGEM EM ITAPITANGA





"A maquiagem cria uma relação de cumplicidade com o ator. Ela é parte integrante na concepção da personagem. Deve haver equilíbrio entre luz, cenário, figurino, e, até mesmo, o som. A maquiagem não é simplesmente uma máscara, ela é a identidade da personagem..."





OFICINA DE CENOGRAFIA EM ITAPITANGA




"O cenário deve dialogar com a cena. Ele não pode ser algo fixo, como um quadro que é posto na parede. Ele tem que ter um por quê, um quê, um quando. Cenário é movimento, é vida. Ele não é simplesmente um complemento da peça..."



OFICINA DE MÚSICA DE CENA EM ITAPITANGA




 Antonio Melo dá as coordenadas em mais um exercício para a Música de Cena: "A sonoridade pode sair de qualquer espaço, qualquer movimento, qualquer objeto..."



OFICINA DE INTERPRETAÇÃO EM ITAPITANGA



"O movimento dá o ritmo. A expressão possibilita o gesto. 
O encontro parte de ambos. Teatro é o tempo todo ação, movimento, expressão..."




OFICINA DE ILUMINAÇÃO EM ITAPITANGA




"Luz é sensibilidade, harmonia, ambientação. 
Não basta "dar a luz", é preciso sentir a luz..."



sábado, 28 de abril de 2012

ITAPITANGA - PRIMEIRO DIA

Alunos na Oficina de Cenografia
Primeiro dia na cidade em que o nome significa "Pedra Vermelha", foi muito participativo. Diversos jovens e adolescentes, inclusive do distrito de Cafundó, estiveram presentes nas oficinas. Vejas as fotos, poste seu comentário.
OFICINA DE MAQUIAGEM









OFICINA DE CENOGRAFIA









quinta-feira, 26 de abril de 2012

ITAPITANGA, AURELINO LEAL, URUÇUCA, COARACI... E PÉ NA ESTRADA


Alunos da primeira etapa, em Camacã
Mais de cem pessoas já se inscreveram para participar das oficinas de Interpretação, Música de Cena, Iluminação, Maquiagem e Cenografia em Itapitanga (cidade à 112km de Ilhéus que faz divisa com Coaraci)  do Projeto FORTEATRO-SUL - Formação em Teatro e Cidadania no Litoral Sul da Bahia. Segundo a equipe de produção local, houve muita procura também dos professores de Artes, pois desejam aplicar algumas das atividades na escola.

As oficinas terão início às 13h30 desta sexta-feira, dia 27 de abril. O cortejo previsto ficará para o encerramento, invertendo assim a programação proposta. "O projeto é flexível e se adapta à realidade do local. É o município que conhece seus limites. Nós estamos aqui para somar e fomentar a arte". Analisa Letto Nicolau. As atividades se encerram no domingo, dia 29, à tardinha, com a apresentação do espetáculo com os alunos da Oficina de Interpretação Teatral, cujo tema abordará a história do município.

terça-feira, 24 de abril de 2012

ITAPITANGA!!! SEGUNDA FASE DO PROJETO NA CIDADE DA PEDRA VERMELHA



Itapitanga é o vocábulo de origem indígena que significa “pedra vermelha”. O primeiro homem branco a chegar a Itapitanga foi MANDUCA, que numa pequena choupana instalou um posto para os viandantes. Mas o colonizador no fundamento da palavra foi BENEDITO CARDOSO, vindo do Pontal do Cafundó. Esse pioneiro chegou com sua família em 1913 ao local em que fundaria o ARRAIAL DO BAFORÉ. O nome BAFORÉ deu-se em virtude de inúmeras festinhas que faziam no arraial. Havendo a dança, um menino, filho de Júlio Fonseca, fazendeiro nesta região, foi falar CABARÉ, e, apressadamente falou BAFORÉ. Ficou o nome, por certo tempo, Em 1914, os índios circulavam em nossas matas, lutando contra os invasores.

Nessa época chegou ao Arraial do Bafore um pistoleiro conhecido como ANTONIO GRANDE, vindo da Gruta Baiana, onde era um dos homens de confiança de Manoel Leôncio. Antonio Grande foi um exterminador de índios. Em um dos seus ataques aos índios, no Pontal do Sul, precisamente onde hoje é a Fazenda Campo Verde.

Antonio Grande recebeu uma flechada na barriga, sendo encontrado por transeunte que o trouxeram para o arraial e foi levado para Guaraci (Coaraci), falecendo no meio da estrada. Em 1921, Benedito Cardoso comprou um contrato em mão de seu irmão José Cardoso, iniciando assim a sua marcante passagem por este rincão. Em 1924, Benedito Cardoso comprou uma Fazenda nas imediações da Altamira. No final de 1925 e início de 1926 surgiu o nome Baforé.


No ano de 1929 o Arraial estava em franco desenvolvimento, pois a cortina de matas ia desaparecendo,e o lugar ganhando novos habitantes. Em 1930 houve grande descontentamento no arraial , pois JOÃO DO “O”, famoso bandido paraibano havia roubado 16 (dezesseis) arrobas de cacau do Senhor Manoel Leôncio, sendo denunciado por Benedito Cardoso. Não satisfeito com a denúncia, João do Ó mandou dizer a Benedito Cardoso que viria com 20 (vinte) homens e 06 (seis) cargas de armas para atacar e destruir totalmente o arraial.

Os moradores do local correram todos, inclusive o escrivão de polícia – Senhor João Macaúba. Ficou sozinho, o Senhor Benedito Cardoso, por ser um homem muito destemido e de muita coragem. O bandido João do Ó vindo em direção ao arraial, não pôde alcançá-lo, devido a um temporal com duração de um dia, o qual mais parecia um dilúvio, encheu o Rio Pontal do Sul, fazendo com que o bandido voltasse com os seus comandados, para Pimenteira, ameaçando voltar ao arraial.

Passou o tempo. João do Ó sempre ameaçando voltar ao Baforé para destruí-lo. Diz um velho “depois da tempestade vem a bonança”, chegou o dia de João do Ó. Em 1930, a Revolução abalou o Brasil. Em 1939, os chefes e os bandidos foram caçados. Entre esses, aqui na região, falou-se que Tranqüilino, Marcionílio, Manoel Leôncio e João do Ó. Em 1931 Alfredo Ferreira, vindo da Gruta Baiana resolveu morar em Itapitanga, onde mais tarde tornou-se um forte comerciante. Uniu-se a Benedito Cardoso para lutar em benefício do arraial. Em 17 de setembro do mesmo ano houve a primeira feira livre em nossa terra. Foi abatida apenas uma rês. Ainda em 1931 inúmeros flagelados chegaram a Itapitanga e com ajuda do Major Serafim, construíram alguns casebres e adquiriram áreas de terra para fazerem roças. Ainda no mesmo ano Cesário Falcão incentiva a Benedito Cardoso a mudar o nome do arraial. Como havia muitas pedras e muitas pitangueiras, Benedito Cardoso achou um nome: Itapitanga. ITA = Pedra; PITANGA = Vermelha. Logo o fundador do arraial, motivado pela alegria daquele acontecimento, tirou o chapéu de palha da cabeça, jogou-o ao chão, abriu os braços, e em voz alta gritou: I T A P I T A N G A!!!!

SERVIÇO

Quando? 27, 28 e 29 de abril
Que horas? 13h30 (sexta-feira)
Onde? Itapitanga, Bahia
Quanto? Inscrições gratuitas na coordenadoria de Cultura do município.