terça-feira, 24 de abril de 2012

ITAPITANGA!!! SEGUNDA FASE DO PROJETO NA CIDADE DA PEDRA VERMELHA



Itapitanga é o vocábulo de origem indígena que significa “pedra vermelha”. O primeiro homem branco a chegar a Itapitanga foi MANDUCA, que numa pequena choupana instalou um posto para os viandantes. Mas o colonizador no fundamento da palavra foi BENEDITO CARDOSO, vindo do Pontal do Cafundó. Esse pioneiro chegou com sua família em 1913 ao local em que fundaria o ARRAIAL DO BAFORÉ. O nome BAFORÉ deu-se em virtude de inúmeras festinhas que faziam no arraial. Havendo a dança, um menino, filho de Júlio Fonseca, fazendeiro nesta região, foi falar CABARÉ, e, apressadamente falou BAFORÉ. Ficou o nome, por certo tempo, Em 1914, os índios circulavam em nossas matas, lutando contra os invasores.

Nessa época chegou ao Arraial do Bafore um pistoleiro conhecido como ANTONIO GRANDE, vindo da Gruta Baiana, onde era um dos homens de confiança de Manoel Leôncio. Antonio Grande foi um exterminador de índios. Em um dos seus ataques aos índios, no Pontal do Sul, precisamente onde hoje é a Fazenda Campo Verde.

Antonio Grande recebeu uma flechada na barriga, sendo encontrado por transeunte que o trouxeram para o arraial e foi levado para Guaraci (Coaraci), falecendo no meio da estrada. Em 1921, Benedito Cardoso comprou um contrato em mão de seu irmão José Cardoso, iniciando assim a sua marcante passagem por este rincão. Em 1924, Benedito Cardoso comprou uma Fazenda nas imediações da Altamira. No final de 1925 e início de 1926 surgiu o nome Baforé.


No ano de 1929 o Arraial estava em franco desenvolvimento, pois a cortina de matas ia desaparecendo,e o lugar ganhando novos habitantes. Em 1930 houve grande descontentamento no arraial , pois JOÃO DO “O”, famoso bandido paraibano havia roubado 16 (dezesseis) arrobas de cacau do Senhor Manoel Leôncio, sendo denunciado por Benedito Cardoso. Não satisfeito com a denúncia, João do Ó mandou dizer a Benedito Cardoso que viria com 20 (vinte) homens e 06 (seis) cargas de armas para atacar e destruir totalmente o arraial.

Os moradores do local correram todos, inclusive o escrivão de polícia – Senhor João Macaúba. Ficou sozinho, o Senhor Benedito Cardoso, por ser um homem muito destemido e de muita coragem. O bandido João do Ó vindo em direção ao arraial, não pôde alcançá-lo, devido a um temporal com duração de um dia, o qual mais parecia um dilúvio, encheu o Rio Pontal do Sul, fazendo com que o bandido voltasse com os seus comandados, para Pimenteira, ameaçando voltar ao arraial.

Passou o tempo. João do Ó sempre ameaçando voltar ao Baforé para destruí-lo. Diz um velho “depois da tempestade vem a bonança”, chegou o dia de João do Ó. Em 1930, a Revolução abalou o Brasil. Em 1939, os chefes e os bandidos foram caçados. Entre esses, aqui na região, falou-se que Tranqüilino, Marcionílio, Manoel Leôncio e João do Ó. Em 1931 Alfredo Ferreira, vindo da Gruta Baiana resolveu morar em Itapitanga, onde mais tarde tornou-se um forte comerciante. Uniu-se a Benedito Cardoso para lutar em benefício do arraial. Em 17 de setembro do mesmo ano houve a primeira feira livre em nossa terra. Foi abatida apenas uma rês. Ainda em 1931 inúmeros flagelados chegaram a Itapitanga e com ajuda do Major Serafim, construíram alguns casebres e adquiriram áreas de terra para fazerem roças. Ainda no mesmo ano Cesário Falcão incentiva a Benedito Cardoso a mudar o nome do arraial. Como havia muitas pedras e muitas pitangueiras, Benedito Cardoso achou um nome: Itapitanga. ITA = Pedra; PITANGA = Vermelha. Logo o fundador do arraial, motivado pela alegria daquele acontecimento, tirou o chapéu de palha da cabeça, jogou-o ao chão, abriu os braços, e em voz alta gritou: I T A P I T A N G A!!!!

SERVIÇO

Quando? 27, 28 e 29 de abril
Que horas? 13h30 (sexta-feira)
Onde? Itapitanga, Bahia
Quanto? Inscrições gratuitas na coordenadoria de Cultura do município.

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